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Deu pra ti, vou pra Floripa, tchau!

pesbrancos

Daqui a dois dias estou indo pra Floripa. Terrinha, sol, mar, outro clima, nostalgias. Ter crescido em uma ilha tem suas vantagens, um privilégio na verdade. Mar por todos os lados, clima de praia o ano todo. Bom mesmo pra quem é eterno adolescente. Mas tive sorte, amigos bacanas (carrego junto), infância feliz, adolescência idem (com os traumas padrões, nada mais, nada menos). Escorregadas aqui e ali.

Mas também teve suas desvantagens. Se profissionalizar em um lugar onde o clima é de férias o ano todo demorou. A ilha demorou pra ter o seu lugar ao sol. Mas de uns dez anos pra cá tomou rumo, notoriedade, caiu no gosto do Brasil, se tornou pólo tecnológico. Educacional sempre foi, lá com a UFSC (estudei, cresci por lá, um dia eu conto) e universidades bem cobiçadas. Agências bacanas pipocaram, cresceram, se tornaram referência. E por sorte quando estava maduro pra começar uma carreira profissional já tinha vaga. Sorte, talento e amizade. Mistura legal pra chegar em algum lugar.

Enfim, dois dias e estou indo pra lá. Ver família, amigos. Só quatro, cinco dias, mas já vai valer. É um aperitivo para o verão. Mas o inverno (se é que isso ainda existe) em Floripa é mágico. Gosto de ir à praia vazia, ondas sem surfistas (em algumas delas) e o clima que incontáveis histórias de verão devem ter deixado pra trás. Mudaram as estações, nada mudou. Mas mudou.

Mudou muito desde os antigos luais, roubadas, histórias demais pra caber em posts. Quem estava lá viveu e lembra. E agora chego nos lugares e não conheço mais ninguém. Novas histórias sendo construídas. E as ondas ainda batendo na areia.

Vou lá, conversar com meu pai que tem boas histórias e é excelente companhia. Ele e a família toda. Gosta de falar sobre a importância do contato humano, o olho no olho na gerência de pessoas e negócios, assim como gosta de uma cerveja e tainha na grelha.

Ah, tenho que dar o gancho da inovação, quase esqueci. Então lá vai: inovação é nascer em uma ilha e nunca, nunca ter ficado ilhado. Nunca perdido (Lost!). Sempre novos horizontes, contatos, experiências. Porque aquela ilha de sonífera não tem nada.

Vou lá, fazer as malas.