Faz um tempo que acompanho aqui em Foz os “tramites” da construção da UNILA – Universidade Federal da Integração Latino-Americana. A gente percebe mudanças grandes no ar (e interesses também), mas parece uma baita inovação na proposta e na estrutura.
Pra você que não sabe o que é o projeto, imagine assistir aula em uma Universidade bilingue (aulas em espanhol ou português), com seu diploma valendo nos países do Mercosul. Já foi aprovado e vai acontecer aqui em Foz, na fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina.
A previsão é 10.000 estudantes e 500 professores em uma área de 40 hectares, com metade das vagas para o Brasil e o restante para os outros países do Mercosul.
Quem assina a obra é o Oscar Niemeyer. Do auge dos seus 101 anos de idade o arquiteto que já é lenda, entregou o projeto da universidade como vcs conferem na foto ali em cima. Ele mesmo falou que era seu presente para o Brasil e América Latina.
O nome vem daí, união, integração. A proposta é ousada: contribuir para a integração latino americana com um espaço cosmopolita além de promover um polo internacional para desenvolvimento de pesquisas em ciência, tecnologia e humanidade, com a implantação na Universidade do Instituto de Altos Estudos do Mercosul (IMEA).
Aliás tem um montão de coisas legais acontecendo aqui na região da tríplice fronteira, pra quem acha que Foz é só Cataratas do Iguassu (que está concorrendo como uma das 7 maravilhas da Natureza). Coloquei alguns links ali no final.
A construção tem previsão para concluir em 2011. Mas as aulas já começam no segundo semestre de 2010, no PTI – Parque Tecnológico de Itaipu. A corrida para ministrar e assistir aulas nos 20 cursos futuros da Unila começa em 2010, a princípio nas áreas de energia e meio ambiente, gestão, cultura, línguas, história e cinema.
Outra inovação será que as áreas e conhecimentos afins de cada curso serão integradas, potencializando a formação. E a gente fica torcendo pra coisa ser tão boa ou melhor do que promete.
Pra clicar:
Notícias da Unesco sobre a Unila
neossinapses 
qualquer semelhança com o Congresso Nacional é mera coincidência.
Pois é, acho que nessa idade ele já não consegue ser tão original 😉
Na real se olhar bem, TODAS as obras dele seguem o mesmo estilo.
Curti seu blog!
Obrigada!!
Como estudante de Arquitetura posso afirmar que ser criativo não é tão fácil quanto parece e, de fato, Niemeyer sempre segue a mesma linha, mesmo que as obras sejam totalmente diferentes umas das outras (paradoxo, mas faz sentido). “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E não podemos esquecer do detalhe que a essa altura do campeonato ele só faz um croquizinho mais ou menos do que pretende e o resto da equipe que se vire. Mas ok, ele merece ter uma folguinha. Hehe 🙂
Fala Liana. Como profissional de criação entendo bem isso e concordo plenamente. Agora o que acho legal é que certas pessoas chegam a um nível de excelência e estilo que você põe o olho e já “lê” a assinatura dela na obra. A coisa ganha uma alma única. E acho que Niemeyer está nesse nível. Vi uma exposição dos croquis do homem em Curitiba (no museu que ele mesmo projetou) e é impressionante a capacidade de síntese gráfica do cara.
Alías seu comentário me deu a idéia para um post 😉
Abração.
jantar no Soft Tacos já está na pauta de próximos posts 😉
valeu pela dica 😀